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"Ensinar é um exercício de imortalidade . De alguma forma continuaremos a viver naqueles, cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia de nossas palavras. O professor, assim não morre jamais."
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Curso de Memorização - ON LINE - AULA 03

Curso Sobre a Memória


A natureza é uma contadora implacável; se você
exige dela um setor mais do que ela está
preparada para dar, ela equilibra as contas
fazendo uma dedução em outro lugar.
HERBERT SPENCER

PARTICULARIDADES DE ALGUMAS MEMÓRIAS


Vamos retomar agora estudo da fisiologia do cérebro. Pedimos desculpa aqueles que possam julgar tediosas estas lições, mas elas merecem ser estudadas com cuidado, porque vão lhe permitir compreender bem os mecanismos da memória e tirar melhor partido das aplicações que lhes ensinaremos mais tarde.

Vamos dizer algumas palavras sobre a amnésia, a astenia e a ciclotimia.

Não se trata de estudar as diferentes doenças do cérebro e da memória, porque nosso interesse nestes tutoriais não é tratar ou cuidar de “doentes” mas lhe permitir obter o máximo das suas faculdades mentais.

Todos já ouvimos falar de casos de amnésia, em que o doente tem um comportamento perfeitamente normal em todas as circunstâncias, mas perdeu totalmente a lembrança do seu passado. Ele já não sabe quem é ou foi, onde nasceu, onde viveu, etc.. O fato de que o amnésico reencontra, por vezes, sob a influência de um choque físico ou emocional, todas as recordações, prova bem que as lembranças não haviam sido destruídas. Conforme dissemos anteriormente, verifica-se assim falta de capacidade para “ler” esses registros.

Há uma outra doença da memória que não se pode ignorar, pois todos nós estamos sujeitos a ela um ou outro dia: é a astenia.

Astenia é muito simplesmente uma fadiga excessiva do cérebro que lhe provoca um funcionamento deficiente. Ou, para explicar a idéia através da imagem, a astenia é aproximadamente para o cérebro o que uma “rotura” é para um músculo.

A astenia é bastante frequente no caso de sobrecarga intelectual, especialmente nos estudantes que se preparam para um exame. A astenia traduz-se por uma sensação geral de grande fadiga, por palpitações, podendo o doente chegar a desmaiar ou a desfalecer. Num menor grau, ela provoca nevralgias, enxaquecas, náuseas, etc.. Num caso de astenia, o doente não pode tirar do cérebro, e especialmente da memória, um rendimento superior a um quarto do que ele obtém normalmente. Com mais fadiga, ele consegue muito menos resultados.

Seguindo os princípios de higiene expostos neste curso e aplicando os métodos de trabalho e de memorização que aqui serão ensinados você evitará a astenia, aprenderá mais se fatigando menos e fornecerá ao seu cérebro as condições de funcionamento que lhe permitirão não desfalecer.

Embora não se trate de uma verdadeira doença do cérebro (pelo menos enquanto se encontra no seu estado benigno) é necessário dizer algo acerca da ciclotimia, porque muita gente é ciclitímica.

A ciclotimia traduz-se por uma sucessão de estados de euforia e de estados de depressão ou por uma sucessão de periodos de grande atividade cerebral e de periodos de grande indolência. Quando se encontra no periodo ascendente, o ciclotímico é capaz de fazer grandes esforços, age mais facilmente, não sente fadiga, concentra-se facilmente, retém tudo e trabalha de maneira eficaz, sem que isso lhe custe. Depois, sobrevém uma fase descendente, em que o esforço se torna penoso, em que “marca passo” na ação, em que o trabalho cerebral lhe custa, a concentração é-lhe dificil e o estado da sua memória penaliza-o.

Segundo os individuos, as diferenças entre períodos ascendentes e periodos descendentes são mais ou menos acentuadas. Do mesmo modo, a duração do ciclo é variável: uma quinzena para alguns, um mês para outros, ou, até, três meses, seis meses.

Se você tem a impressão de que é um ciclotímico, tem interesse em conhecer a ordem de grandeza do seu ciclo. É suficiente, para tal, anotar numa agenda os seus periodos de efervescência e os periodos de depressão. É possível, pela vontade e sabendo analizar-se, deslocar os ciclos, principalmente encurtando os períodos de depressão. Isso permite evitar que se encontre no momento de um acontecimento importante (nova situação profissional, exame, etc.) numa fase de depressão. Para isso, é necessário estimular fisicamente o organismo através de exercícios físicos ou de desporto, fazer breves leituras aptas a modificar as idéias ou a entusiasmar, modificar a impulsão fisica e mental.

COMO DESENVOLVER O SEU PODER DE CONCENTRAÇÃO


Antes de terminar o estudo da fisiologia do cérebro, vamos aprender sobre um assunto que é muito importante, a concentração.

Saber concentrar-se é indispensável ao desenvolvimento da sua memória.

A atenção e a observação não são suficientes se você não se concentrar corretamente sobre suas ações.

Concentração é manter a atenção sobre um assunto determinado sem se distrair com outros pensamentos. É, aliás, uma faculdade extremamente preciosa, para o exercício de todas as nossas atividades mentais.

Podemos classificar a concentração que usaremos para memorizar em dois tipos, ainda que naturalmente se trate da mesma faculdade, são eles:

1 - Concentração Imediata: necessária para observar com cuidado um documento, uma paisagem, um acontecimento, um espetáculo, um monumento, um quadro.

2 - Concentração Prolongada: necessária para estudar, aprender, reter, redigir, calcular, pensar, refletir.

A concentração imediata exige ser praticada à vontade, instantaneamente e em todas as circunstancias. Ela requer também a aptidão para mudar de assunto rapidamente. Por exemplo, se lhe apresentam 4 ou 5 pessoas, sucessivamente, você concentra-se sobre os seus nomes e sobre as suas feições durante breves momentos, depois ficará atento ao que as pessoas disserem ou mostrarem, etc..

A concentração prolongada usada para o estudo ou a reflexão necessita de um outro treino. Voltaremos ao assunto pormenorizadamente, nas lições reservadas a este estudo.

De momento, vamos desenvolver a nossa concentração imediata à custa ou com a ajuda de alguns exercícios.

Estes exercícios podem melhorar o seu poder de concentração até um grau extraordinário, mas é necessário fazê-los com muita atenção.

Mostrarei outros exercícios de concentração no decorrer de todo o curso e será sugerido que você execute alguns várias vezes.

Estes exercícios podem lhe parecer difíceis. Não se preocupe. Faça-os, simplesmente, o melhor possível. Faça um exercício por dia durante essa semana.

EXERCÍCIO Nº 6 (Concentração)


Pegue um objeto (chave, objeto de adorno): observe-o com atenção durante 30 segundos, depois feche os olhos e tente representá-lo mentalmente, de maneira clara e precisa. Se alguns detalhes não estiverem perfeitamente claros, nítidos, observe de novo o objeto tomado e torne a fechar os olhos, etc.. até que possa representa-lo mentalmente, com nitidez.

EXERCICIO Nº 7 (Concentração)


Eis um exercício conhecido pelo nome de “prateleiras cerebrais”. Você escolhe 3 assuntos diferentes para reflexão: por exemplo, um projeto que tem; um assunto cientifico ou literário e uma lembrança pessoal (férias, viagem, etc.). Dedique 3 minutos de reflexão a cada um dos três assuntos. Durante os 3 primeiros minutos pense somente no assunto nº 1, passe depois ao assunto nº 2 e não pense em outra coisa; finalmente, passe ao assunto nº 3. É necessário não se distrair durante cada fase e, sobretudo, não pensar nos dois outros assuntos.

EXERCICIO Nº 8 (Concentração)


Reproduza mentalmente as feições de uma pessoa que vê frequentemente: verificará que delas só tem uma visão geral, uma impressão genérica, mas que os pormenores lhe escapam. Você completará a observação quando reencontrar a referida pessoa e recomeçará o exercício, até que obtenha uma representação perfeitamente nítida.

EXERCICIO Nº 9 (Concentração)


Tente este interessante exercício que desenvolverá o seu poder de concentração e atenção auditiva. Escute ou ouça o rádio; depois, diminua o volume; depois, mais baixo ainda; regule o seu aparelho o mais baixo possível até compreender, suficientemente, o que se diz. A fraca intensidade do som obrigá-lo-á a concentrar-se. Não prolongue este exercício por mais de três minutos.

EXERCICIO Nº 10 (Concentração)


Escolha um poema, leia-o lenta e atentamente, fixando-se sobre cada palavra importante por forma a evocar, de maneira precisa, a imagem correspondente. Não se deixe distrair por associações estranhas, sem relação com o poema.

EXERCICIO Nº 11 (Concentração)


Faça, de novo, o Exercicio nº 7 (prateleiras cerebrais) com os mesmos assuntos de ontem.

EXERCICIO Nº 12 (Concentração)


Faça novamente o Exercicio nº 9 com o rádio.

REFLEXO CONDICIONADO


Vamos dar uma breve introdução agora sobre o assunto que iremos estudar no próximo tutorial: o reflexo condicionado.

O conhecimento deste fenômeno nos ajuda a compreender melhor o motivo de alguns exercícios, de certos métodos, de determinados hábitos que nos auxiliam a dispor de uma memória mais eficiente.

De momento, torna-se necessário saber que acidentes (choques, traumatismos craneanos), suficientementes graves para atingir o cérebro causam perturbações de memória em zonas determinadas. Por exemplo, em conseqüência de um acidente uma pessoa pode perder a sua memória auditiva (ficando incapacitada de fixar uma ária musical ou uma canção), enquanto que a sua memória visual ou a sua memória táctil não se modificam em absolutamente nada.

Pensou-se portanto que algumas zonas do cérebro comandavam a memória auditiva, outras a memória visual, etc.. Pouco a pouco, pode-se localizar os pontos precisos do cérebro que correspondem a toda a espécie de atividade: intelectual, motora, etc..

A próxima figura mostra as principais localizações cerebrais.


PRINCIPAIS LOCALIZAÇÕES CEREBRAIS
1 – Movimento dos olhos11 – Dedos
2 – Deliberação12 – Cotovelos
3 – Respiração13 – Ombro
4 – Cordas vocais14 – Pescoço
5 – Centro motor da palavra15 – Tronco
6 – Faringe16 – Anca
7 – Língua17 – Joelho
8 – Face18 – Compreensão da linguagem falada
9 – Pálpebras19 – Movimento da cabeça e dos olhos
10 – Polegar20 – Visão

No tocante a memória, pode-se assim pensar que as conexões se estabelecem na zona interessada ou própria para a fixação das lembranças.

Por exemplo, a recordação de uma imagem traduzir-se-ia por algumas conexões situadas na zona marcada com o nº 20 no nosso quadro.

Mas podem também ter lugar ligações entre diferentes zonas e tal poderia ser a explicação do reflexo condicionado.

Bom, mais sobre reflexo condicionado no próximo tutorial.


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Curso de Memorização - ON LINE - AULA 02

Curso Sobre a Memória


Não se deve desprezar a memória, deve-se, sim,
conduzi-la e fazer com que nos obedeça!
Georges Duhamel

O CÉREBRO


Como assegurar ao cérebro condições de funcionamento favoráveis?

Saibamos já que o nosso cérebro recebe sangue como os músculos dos nossos braços ou das nossas pernas. E recebe uma quantidade considerável: 2000 a 2200 litros de sangue passam no nosso cérebro em 24 horas. Isso representa cerca de 400 vezes o volume total do nosso sangue.

Esta circulação sanguínea no cérebro ativada, por exemplo, sob efeito de uma emoção ou de uma atividade cerebral intensa. Inversamente, ela sofre um retardamento durante o sono. Medidas de laboratório, extremamente precisas, mostraram que a emoção forte ou o trabalho cerebral intenso fazem elevar a temperatura do cérebro a 0,1º. Inversamente durante o sono a temperatura desce de 0,1º a 0,3º. Esta variação põe em evidência o papel da irrigação sanguínea no funcionamento do cérebro.

O sangue como se sabe necessita de oxigênio. Para facilitar o seu trabalho intelectual e principalmente para que a sua memória funcione bem, é necessário assegurar ao sangue uma oxigenação suficiente. Como? Por um lado, prevendo pelo menos um dia por semana de ar livre. Por outro, interrompendo as suas sessões de trabalho intelectual para efeito de uma “pausa-oxigênio”. Se você é estudante, por exemplo, de hora em hora abra a sua janela e respire profundamente durante um ou dois minutos. Também não estude numa sala em que a atmosfera esteja cheia de fumo, viciada. Desconfie dos aparelhos de aquecimento que “comem” o seu oxigênio (fogareiros, radiadores de gás, de butano, de petróleo). Consequentemente a primeira regra a observar, para que a sua memória seja melhor, é a seguinte:

ASSEGURE-SE DE QUE ESTÁ DANDO AO SEU SANGUE UMA OXIGENAÇÃO SUFICIENTE


A segunda regra a seguir é a de dormir suficientemente. Isto parece evidente, mas muita gente que se queixa de uma memória deficiente não imagina que dormindo pouco prejudica o funcionamento normal do seu cérebro, consequentemente da sua memória. Depois de uma boa noite de sono o cérebro e a memória estarão prontos a cumprir melhor as tarefas. Segundo os indivíduos, é necessário verificar-se um mínimo de 7 a 8 horas de sono para o adulto e 9 horas para o estudante de 16 a 22 anos.

Portanto, segunda regra de higiene da memória:

DURMA O TEMPO SUFICIENTE


Dissemos que todos podem melhorar a memória aplicando técnicas corretas de memorização. No entanto, não podem ser obtidos bons resultados a menos que os órgãos fisiológicos que concorrem para o funcionamento da memória se encontrem e permaneçam em bom estado. Esses órgãos são os centros nervosos e o cérebro. Tudo o que prejudicar os centros nervosos e o cérebro prejudica, automaticamente, a memória.

O tabaco será prejudicial à memória? A resposta é variável, de acordo com os indivíduos. É evidente que o grande fumante que saiba servir-se da sua memória terá aparentemente uma memória melhor que um não fumante que não a tenha treinado corretamente.

Porém, se pretender fazer comparações entre indivíduos que possuam características comuns, verifica-se uma influência nefasta do tabaco sobre a memória.

Um inquérito estatístico entre os alunos saídos da Politécnica (Escola Politécnica Francesa) revelou que a quantidade de fumantes aumentava proporcionalmente às ordens de classificação. Quer dizer, havia menos fumantes dentro dos 20 primeiros que nos 20 seguintes, etc.. Sem que tal fato constitua uma prova formal, parece que o tabaco será um obstáculo ao pleno rendimento da memória.

Todavia, o fumante tem, por vezes, a impressão de que o seu cigarro o ajuda a concentrar-se e a raciocinar. Isso pode ser verdadeiro durante alguns instantes, mas em longo prazo tudo leva a crer que o tabaco prejudica a memória, especialmente depois dos 40 anos onde os grandes fumantes são mais numerosos que os não fumantes entre os que se queixam de falta de memória.

Terceira regra:

EVITE FUMAR


Finalmente, desconfie do álcool.

Se você deseja manter a sua memória em bom funcionamento, evite o álcool. Indiscutivelmente que a absorção de álcool regularmente conduz a um enfraquecimento da memória.

Mas o que igualmente se torna necessário saber é que mesmo sob uma ligeira influência de álcool, ocasional, a fixação das lembranças fica fortemente diminuída. Quanto mais álcool se absorve, menos as lembranças se registram e fixam.

É fato bem conhecido que quando uma pessoa está ébria terá seguidamente grande dificuldade em recordar tudo o que se passou durante a embriagues. Uma simples refeição bem “regada” diminui as faculdades de fixação da lembrança durante as horas que se seguem.

É necessário evitar qualquer absorção de álcool mesmo sob forma ligeira (vinho, cerveja) especialmente quando temos que estudar ou quando temos de freqüentar cursos, assistir uma conferência, etc.

Quarta regra:

EVITE O ÁLCOOL


A atividade cerebral, tal como os exercícios musculares, é acompanhada de mudanças e transformações químicas. Bem entendido que as substâncias que satisfazem às necessidades dos músculos não são as mesmas que satisfazem às do cérebro.

Numerosas experiências estabeleceram que as células nervosas e cerebrais têm necessidade de cálcio. Um empobrecimento excessivo em cálcio provoca perturbações nervosas que vão do simples nervosismo à insônia e às câimbras. É esse o motivo por que alguns sedativos têm como base o cálcio.

Por outro lado, constatou-se que a atividade psíquica se fazia acompanhar de uma perda de ácido fosfórico e de sais de cálcio, nas urinas. É necessário, pois, evidentemente, compensar estas perdas de fósforo e de cálcio, de preferência através da alimentação: o queijo (especialmente as pastas não fermentadas, flamengo, chester) os ovos, o gérmen de trigo, as amêndoas, nozes e avelãs, trazem ao organismo um bom equilibro fósforo-cálcio.

Um outro elemento, importante para o bom funcionamento da memória, é o magnésio. É, infelizmente, um elemento que se encontra em quantidades limitadas nos nossos alimentos. Encontra-se, no entanto, no pão integral, no gérmen de trigo, no chocolate, nos legumes verdes e em algumas águas minerais.

Uma outra substância que constitue alimento notável do cérebro é o ácido glutâmico. Algumas vezes chamado o ácido da inteligência. No estado natural encontra-se no fígado, no leite e na levedura de cerveja. Finalmente, as vitaminas do grupo B favorecem e facilitam o trabalho intelectual. Podem ser encontradas no iorgurte, na levedura de cerveja, nas avelãs, nas amêndoas e no gérmen de trigo.

Que aplicações práticas iremos tirar de tudo isso?

Por um lado, saberemos que, em caso de trabalho intelectual intenso, temos vantagem em consumir aqueles alimentos em proporções mais importantes: na sua maioria são de consumo corrente, portanto fáceis de encontrar; outros, como gérmen de trigo e a levedura de cerveja, encontram-se principalmente nos estabelecimentos da especialidade (produtos dietéticos) ou nas farmácias.

Durante os períodos de esforço intelectual intenso, procuraremos ter uma alimentação rica em proteínas (ovos, carne, fígado*, peixe), muito digestiva (carnes grelhadas, legumes cozidos), evitando os excessos de gorduras, de farináceos, de açúcares. Comeremos pouco de cada vez e, portanto, se necessário for, mais frequentemente (um iogurte ou um pedaço de queijo, às 11 horas e às 16 - 17 horas, por exemplo). Com efeito, o estômago sobrecarregado amortece as funções cerebrais.

(*) A este propósito não julgue que o fígado de vitela, muito caro, é o único que tem qualidades: também o fígado de porco ou o de bezerro são de uma grande riqueza e proteínas, vitaminas, ácido glutâmico, etc..

Além da alimentação natural, pode completar-se este regime mediante a absorção de algumas especialidades farmacêuticas, à base de fósforo, de ácido glutâmico e de vitaminas B 12.

Não aconselhamos a utilização de alguns excitantes intelectuais que dão uma “chicotada” temporária, sempre seguida de prostração. Também desaconselhamos os calmantes, com exceção de alguns, inofensivos (gênero “clasédine”, “atarax”, “phérnergan”), que podem ser utilizados para evitar a ansiedade perante um exame ou durante os dias que o precedem.

CONFIE NA SUA MEMÓRIA


Quanto mais duvidamos da nossa memória, menos confiança temos nela. Consequentemente menos dela nos desejamos servir. Menos dela nos servimos, menos ela funciona bem. Então, menos nela nos fiamos. E é um círculo vicioso.

Mas você pode inverter a marcha:

Confie na sua memória e ela terá oportunidade de funcionar mais frequentemente. Ela melhorará.

Vamos estudar os métodos que lhe permitirão multiplicar por 2, 3, 5 ou 10 as possibilidades da sua memória. Faça uma nova partida e tenha confiança. Quanto mais aplicar tais técnicas, mais fará funcionar os mecanismos que lhe permitirão registrar aquilo que pretender recordar.

Não tente impor imediatamente um esforço considerável à sua memória, mas, a partir de amanhã mesmo, solicite à sua memória um pouco mais, dia a dia.

Portanto, se pretende melhorar a sua memória: Tenha confiança nela e faça-a funcionar.

Os exercícios 4 e 5 de hoje têm por objetivo ajuda-lo a ter confiança na sua memória.

Em resumo, fize as quatro regras da higiene do seu cérebro:

1ª Dê oxigênio ao seu sangue.
2ª Durma o tempo suficiente.
3ª Evite fumar.
4ª Evite o álcool.
5ª Confie na sua memória.

Passe agora ao Exercício-Teste nº 2.

EXERCÍCIO - TESTE Nº 2


Eis aqui o mesmo exercício que o exercício-teste nº 1, mas com uma lista de 20 nomes. Leia esta lista e estude-a durante um minuto e meio. Tente seguidamente recapitula-la ordenadamente. Se tal lhe não for possível, então enumere as palavras de que se lembrar.

caçarolacadeiratamborveleiro
Sabãobananatapetecarta
automóvelriorolhacanhão
sandáliaalfinetesacocaneta
Quadrovasocordamedalha

Se fixou de 18 a 20, é excelente; de 15 a 17, está ainda bem; de 10 a 14 está na média; abaixo de 10, fica demonstrado que não sabe servir-se da sua memória. De qualquer modo, tranqüilize-se, porque nós lhe ensinaremos dentro de algum tempo um método extraordinário para reter tal lista, e na devida ordem; é o método das associações de imagens.

Anote o resultado.

Poderá compara-lo com o que conseguirá depois de ter progredido no curso.

EXERCÍCIO - TESTE Nº 3


Eis um exercício muito simples. Consiste em reencontrar o seu emprego de tempo, durante o dia anterior, detalhando de forma contínua, de modo a obter um quadro completo de tudo o que fez, viu, ouviu. Se tiver uma “falha” de memória, faça outra coisa e recomece a procurar dentro de um quarto de hora ou meia-hora.

EXERCÍCIO - TESTE Nº 4


Você vai contar com a sua memória para pensar fazer amanhã à noite uma determinada coisa. Por exemplo, destacar um livro da sua estante e coloca-lo sobre a sua escrivaninha. Imagine-se, pois, amanhã, regressando a casa. No momento em que abrir a porta, é necessário que pense em destacar o livro. Não anote isso em parte alguma, nem faça um nó em seu lenço. Simplesmente, hoje, pense no seu regresso de amanhã à noite e peça à sua memória que o ajude na referida tarefa. Vá ver ou observar o livro em questão, a fim de saber bem de que livro se trata. Pense nesta ação que não deve esquecer; pense nela, hoje, duas ou três vezes, e confie na sua memória.

EXERCÍCIO - TESTE Nº 5


Aprenda de cor estes versos de Boileau:

Segundo a nossa idéia é mais ou menos obscura
A expressão segue-a, ou menos clara ou mais pura.
O que concebemos bem, enuncia-se claramente.
E as palavras, para dizer, chegam facilmente.


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Prof. Jackson Dória | by TNB ©2010